Le secteur de l'assurance

Le secteur de l'assurance

Indicateurs de sécurité (source APS, Associação Portuguesa de Seguradores, sauf indication contraire)

Conjuntura 2023

(Taxa de variação Homóloga)

PIB Nacional:  2,3%

Índice do Poder de Compra (acum.12 meses): 4,3%

Desemprego: 6,5%

 

A Produção do Setor Segurador

(atividade em Portugal de prémios emitidos, exclui atividade de resseguro)

Aumentou nos ramos Não Vida 10,7%, de 2022 para 2023, e diminuiu 14,5% nos Ramos Vida.

 

En ce qui concerne le climat économique, um dos factos mais marcante é a continua descida da taxa de inflação, que estava descontrolada por efeitos da guerra da Ucrânia. Segundo opinião do Banco de Portugal “a tendência descendente irá manter-se, …, Vejamos o que a conjuntura internacional – marcada por duas guerras tão complexas e pelos estrangulamentos logísticos -, nos reserva…

A economia portuguesa cresce 2,3% em 2023, um abrandamento face a 2022, que deverá continuar.

O desemprego, mais quatro décimas do que em 2022, acelerou sobretudo no último trimestre do ano. Em 2023, tanto a população empregada, como a desempregada aumentaram, mas a segunda subiu mais (8,6%, para 346,6 mil) do que a primeira (2% para 4.978,5 mil pessoas).

A assimetria na situação económica das famílias em Portugal tem-se vindo a agravar de forma expressiva, também pelo efeito do tão falado aumento abrupto das prestações no crédito habitação, devido ao aumento das taxas diretórias europeias para contensão da inflação (leia o nosso artigo “Confira todas as estratégias para baixar a prestação do crédito da casa “).

Tal limita a capacidade de poupança das famílias, com reflexo na procura de soluções de aforro e investimento disponibilizadas pelo setor segurador.

A conjuntura tem permitido que em 2024 comecem já a surgir taxas garantidas bem mais interessantes! Consulte-nos!

En ce qui concerne la santé du secteur,

Quebra global de 2% na produção do setor, embora feita de um balanço totalmente assimétrico: forte recuperação do ramo Não Vida (pela primeira vez desde a viragem do século, cresce a dois dígitos), mas quebra ainda mais acentuada do ramo Vida.

De facto, em Vida, quer os PPR, quer os seguros de capitalização registaram produções inferiores em 11,5 e 20,4% respetivamente, face a 2022, e verificaram-se resgates bem acima do normal, até porque a legislação o veio permitir o resgate antecipado dos PPR (Plano Poupança Reforma), sem prejuízo de benefícios fiscais (consulte o nosso artigo “PPR_Resgate excecional antecipado foi prolongado até 31dez24 !”). Já os produtos de vida risco registaram uma evolução homóloga positiva, mas em apenas 0,8%.

 

Em Não Vida, o aumento de tarifas – segmentado nalguns ramos, e generalizado noutros como é o caso do Saúde -, a par da subida da massa salarial segura e da procura, estão na origem do aumento de 10,7% no volume de produção do setor.

Este crescimento foi transversal a todos os ramos e bem acima da inflação (ressalva-se a exceção de Transportes, com quebra de 6,2%); dos grandes sub-ramos, Saúde mantém-se o campeão do crescimento, com um aumento homólogo de 17,4%, com procura crescente bem espelhada em todos os noticiários…

De notar que o aumento do preço dos seguros, fazem-se de um modo geral sentir muito mais nas apólices novas (novos riscos) do que nas continuadas.

Em termos de sinistralidade verifica-se em vários ramos um aumento da exposição ao risco e frequência de sinistros inerente à recuperação do período pandémico.

Segundo a ASF (Autoridade Supervisora de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), reguladora do setor),  as seguradoras por si supervisionadas – ou seja , todas exceto as seguradoras com sede fora de Portugal-  apresentaram custos com sinistros no valor de 10.129 milhões em 2023, um valor 9% superior ao verificado em 2022, ou seja, mais cerca de 840 milhões de euros.

Só 6,8 mil milhões respeitaram a pagamentos devidos por seguros de vida, dos quais 3,2 mil milhões se deveram a resgates PPR.

Nos ramos Não Vida, os custos com sinistros subiram para 3.305 milhões de euros, mais 5% do que em 2022, com particular subida no caso dos seguros de saúde.

A solidez das seguradoras com sede em Portugal mantém-se globalmente firme, como o indicam os dois rácios mais importantes seguidos pela ASF, que se mantêm, , bem acima dos 100% exigidos por Lei, e até reforçados relativamente a 2022:

SCR- Requisito de Capital de Solvência: 203%

MCR- Requisito de Capital Mínimo: 546%

Ainda relativamente às seguradoras com sede em Portugal, os lucros líquidos baixaram em 2023 para cerca de 700 milhões de euros, 15% inferior ao registado em 2022. No entanto, os valores de 2022 estavam enviesados por uma rentabilidade excecional da seguradora GamaLife resultante de uma operação de aquisição em Itália. Excluindo essa seguradora, os lucros tinham sido de 510 milhões de euros o que pode indicar uma eventual subida deste indicador em 2023 para o conjunto do setor segurador.

Vejamos, em seguida, o que aconteceu nos principais ramos Não Vida (variações face a 2022; dados ASF no tocante aos montantes pagos)

Voitures

 

Verificou-se um aumento de:

  • 7% no número de veículos seguros (13,6% na produção nova emitida)
  • 6% aumento do prémio médio por veículo
  • 8,2% no nr de sinistros ocorridos e de 25,8% no nr de mortes, apesar do contido aumento global do custo com sinistros. Os custos com sinistros atingiram 183 milhões

 

Montantes Pagos/Prémios Emitidos = 65,5%

Todo embora seja um ramo charneira com muitas vagas de concorrência, os preços médios aumentaram ainda mais em 2023, pelo aumento de sinistralidade em 2022 e pressão da inflação.

AT- Accidents du travail

 

Crescimento claramente muito influenciado pelo aumento da massa salarial da população segura

Verificou-se:

  • Expressiva evolução de 10.7% na massa salarial segura
  • Prémio médio por capital seguro praticamente inalterado em média*
  • Felizmente, diminuição quer do nr de sinistros abertos (-5,4%), quer do nr de vítimas mortais (-17,4%), melhoria da sinistralidade

 

Montantes Pagos/Prémios Emitidos = 56,2% (-5,2 pontos percentuis)

*mas, como já referido, com muitas assimetrias na evolução dos preços, por uma análise bem mais criteriosa dos riscos

IOD - Incendie et autres dommages

  Verificou-se:

  • Aumento de 19,6% na produção nova e apenas 6,9% nos continuados (7.9% no total da produção emitida)
  • Prémio Médio por Apólices Novas/Entradas (últimos 12 meses) =9,5% enquanto nas restantes foi de 4,7%
  • Crescimento de 16,8% no número de sinistros ocorridos

 

Montantes Pagos/Prémios Emitidos = 46.9%

Ramo com evolução particularmente negativa na sinistralidade causada pelos incidentes de inundações e desabamentos de terra e pelos incêndios no verão.

Cada vez maior seletividade e exigência pelas seguradoras na aceitação de riscos, sobretudo na indústria: seletividade e endurecimento de condições de subscrição estão na ordem do dia. Tarifas cada vez mais personalizadas e análises de risco industriais cada vez mais exigidas.

 Santé

O franco crescimento deste ramo tem sido dos mais regulares nos últimos 15; no ano de 2022 teve o mérito de ultrapassar os dois dígitos e a evolução foi ainda mais expressiva em 2023. Este subramo já representa mais de 11% da produção global de seguros.

O número de pessoas com seguros de saúde atingiu os 3,59 milhões no final de 2023, o equivalente a 36% dos portugueses. Destes, cerca de 55% estavam incluídos em seguros de grupo e os restantes detinham apólices individuais.

 

Principais destaques::

  • Aumento de 6,3% no nr de pessoas seguras (16.8% no total da produção emitida)
  • Crescimento de 6,2% e 10,1%, respetivamente no prémio médio por pessoa nas apólices individuais e nas apólices de grupo, neste último caso devido à quebra da prática de planos personalizados (só disponíveis atualmente para grandes grupos)
  • Os custos com sinistros atingiram 915 milhões de euros, mais 13% que em 2022.
  • Pessoas seguros com sinistros pagos no período aumentou 10% e o valor médio pago por a cada uma cresceu 5,3%, verificando um recurso cada vez mais frequente dos segurados aos cuidados de saúde via seguro, dado o estado complexo que atravessa o Serviço Nacional de Saúde.

 

Montantes Pagos/Prémios Emitidos = 69,4%

Mantê-lo-emos informado, como contributo para a literacia e compreensão da atualidade do nosso setor