Todos os anos, nesta altura de pausa, coloca-se com mais predominância a questão da segurança das instalações, a oportunidade de manutenções preventivas e benfeitorias, e – não menos importante – a atualização dos bens e capitais seguros. Neste último capítulo, este ano há um alerta especial que a todos nos afeta:
A subida da inflação
Esta análise não deve ser adiada, pois em caso de sinistro, as indemnizações podem ficar aquém das expetativas, nomeadamente por penalização das seguradoras aos Clientes em situações de infra seguro.
Enfim, a lista é infindável!
Focarmo-nos em sermos sustentáveis está na ordem do dia. Não há planeta b. Há um incontável número de pequenas medidas que levadas a cabo por cada um e todos nós, levará a mudanças importantes!
3 R’s
1º Reduzir o consumo
2º Reutilizar mais
3º Reciclar mais
Mas atenção, há que ter uma visão e análise mais profundas de como se faz e o que se faz: sabe por exemplo que produzir um saco de papel, face a um de plástico, produz 3 vezes mais gases de estufa e causa um impacto, em média, 8 vezes maior no transporte pelo peso e volume?
- A necessidade da gestão da água: ¼ do mundo está em stress hídrico;
- ¼ dos alimentos são desperdiçados no circuito “campo – “garfo”; em portugal estima-se que mil milhões de toneladas de alimentos vão para o lixo todos os anos. Não será de nos focarmos
em minimizar o desperdício ou agilizar mais o seu destino a quem precisa ou à produção de energia? - 57% da confeção têxtil acaba em aterros mundo fora! Em portugal, 200 mil toneladas de têxteis moda vão para o lixo todos os anos. Por outro lado, a confeção, é uma das indústrias mais
poluentes. Felizmente, os exemplos de utilização de materiais reciclados nesta indústria são cada vez mais.
Os ecossistemas de venda de roupa usada em bom estado são cada vez mais eficazes, mas atenção à pegada ecológica nos transportes: faz sentido comprar uma peça de roupa em 2ª mão para ser mais ecológico e depois perceber que esta veio por exemplo da alemanhã para portugal? E não fará sentido passar a olhar sempre para a origem dos produtos de consumo mais regular alimentares e de vestuário, e priveligiar o que fez menos km até à loja?
Uma mnemónica impactante:
1 – É a percentagem da população que detém mais riqueza acumulada do que o resto da humanidade junta;
10 – É apontado por muitos cientistas como o número de anos que temos para reverter a atual crise ambiental;
100 – Novas espécies enfrentam extinção a cada ano;
1000 – Atualmente investimos 1000 vezes mais em extração de combustíveis fósseis do que em economia verde;
10000 – Fogos florestais aconteceram num só dia em simultâneo em 2020.
Apesar da pandemia e da sua mortalidade, a explosão demográfica em países como a Índia e China, elevam o crescimento da população mundial e estima-se que se atinjam os 10 mil milhões de pessoas em 2050 (aumento de 25% face aos 8 mil milhões de hoje!). Muito terá o mundo que se adaptar para alimentar toda esta população e minimizar os impactos no planeta.
Novas formas de energia, dessalinização da água, produção agrícola sem terra e gestão eficiente de água, e até de alimentos sintetizados, estão a ser testados e reinventados. Também a gestão dos transportes nas cidades e as técnicas de reciclagem estão em reinvenção, mas sobretudo será a mudança de mentalidade de todos nós o principal fator de adaptação. Diremos que a bem do planeta, impõe-se um certo regresso ao tempo dos nossos avós, no que diz respeita ao consumo mais regrado e à reutilização.
Fonte: Programa Planeta A da RTP1