Não espere pela moratória e baixe já hoje a prestação da casa

Este e outros títulos parecidos têm feito manchete nos tempos que correm. Estivemos tantos anos numa acalmia de taxas diretorias e inflação que o novo e incontrolado cenário deixa todas as famílias com rendimentos mais contados em grande ansiedade, sobretudo as que recorreram a crédito habitação com taxa variável.

A 17 de setembro passado, no programa do Luís Marques Mendes da Sic, pode ver-se a seguinte projeção da Deco Proteste, evidenciando o brutal aumento do encargo:

O Governo anunciou recentemente novas medidas que procuram aliviar este impacto a curto prazo (embora a médio prazo, caso contra as previsões as taxas não baixarem, pode vir a trazer de novo impactos complexos), e convém pedir todas as explicações ao seu banco no sentido de tirar o máximo partido. Trata-se, basicamente, de uma fixação da prestação da casa durante dois anos com base numa taxa equivalente a 70% da Euribor a 6 meses, mais a aplicação do spread. Convém notar que este novo apoio só se aplica a quem tenha contratualizado um crédito à habitação para aquisição de casa própria e permanente até 15 de março de 2023, com taxa de juro variável ou taxa mista e com um prazo residual igual ou superior a cinco anos, ou ainda em contratos que tenham sido celebrados no âmbito de uma operação de transferência de crédito, independentemente da data de celebração.

Esta nova moratória vai, contudo, demorar algum tempo a chegar (previsão início 2 de novembro) e não deve de qualquer forma descurar todas as demais vias de reduzir os encargos associados à importante despesa com o crédito habitação. Confira se já acionou todas as possibilidades:

1 – Se tem algumas poupanças juntas, pondere usá-las para amortizar a dívida

A menos que essas poupanças estejam aplicadas em investimentos eu libertam margem adiciona ao encargo da dívida com o crédito habitação, será sempre decisão acertada: Não se esqueça que a prestação mensal que paga é sobretudo uma taxa de juro sobre o capital em dívida e este ao baixar terá sempre grande impacto. O Governo obrigou os bancos, pelo menos até 31 de dezembro de 2024, a não cobrarem encargos adicionais pelas amortizações, para os contratos indexados à taxa variável ou taxa mista no período de taxa variável

2 – Negociar com o banco o alargamento do prazo do contrato de crédito

No acumulado total da vida do contrato pode sair mais caro, mas esta diluição pode significar a esperança no equilíbrio das contas familiares, sobretudo para famílias mais jovens. E deve prever antecipadamente com o banco a possibilidade de, a assim que atinja uma situação mais desafogada, poder reverter para o prazo inicial.

3 – Tentar renegociar o spread, no seu banco ou na concorrência

Se tem spreads acima dos 1%, valerá a pena tentar negociar. De notar que os spreads têm vindo a baixar significativamente na última década.

Se o melhor spread que conseguir for num banco diferente do atual, tenha em atenção custos como: comissão de abertura de processo, de avaliação do imóvel, de formalização do novo contrato, nova escritura e todos os impostos associados e ainda que tipo de contrapartidas lhe pede o banco, tais como cartões de débito e de crédito, produtos financeiros e apólices de seguros.

4 – Compensa quase sempre realizar os seguros exigidos fora do banco

Quem recorre ao crédito à habitação opta muitas vezes por subscrever o seguro de multirriscos e de vida propostos pelo banco, em troca de um spread mais baixo. Mas atenção:

DEVE SOLICITAR AO BANCO (no momento da contratação ou a qualquer momento do decurso do contrato), O CÁLCULO DA PRESTAÇÃO COM E SEM CADA UM DOS SEGUROS FEITO NO BANCO E SOLICITAR-NOS SIMULAÇÕES.

NA MAIORIA DOS CASOS, SOBRETUDO EM RELAÇÃO AO SEGURO DE VIDA, FICAR-LHE-Á MUITO MAIS BARATO NÃO REALIZAR ATRAVÉS DO BANCO. Trata-se de uma economia muito sensível, numa elevada percentagem de casos.

O processo é simples: exige apenas que peça ao banco a declaração do capital em dívida (e que suspenda a autorização de débito em conta do seguro em questão); deixa-nos encontrar as melhores opções e logo poderá demonstrar ao banco que tem novos seguros ativos!

A renegociação das apólices de seguro associadas ao crédito à habitação é atualmente uma solução bastante eficaz para baixar o custo com o empréstimo, particularmente para pessoas com mais de 40 anos. Chega inclusive a gerar uma poupança maior do que a redução de uma décima do spread. (citando o jornal ECO).

5 – Pagamento da prestação da casa com o PPR

Nesta fase excecional, os detentores de Planos Poupança Reforma, poderão solicitar o seu resgate mensal até ao valor máximo da prestação com o crédito habitação, sem sofrerem qualquer tipo de penalização, mesmo que tenham usufruído de benefícios fiscais e ainda não tenham concluído o período exigido por lei.

Trata-se de uma ajuda que pode ser preciosa para quem mais esteja a sofrer no seu equilíbrio familiar. E, obviamente que pode ser “bom negócio”, como forma de retirar capital de PPR’s iniciados em fases de rentabilidades pouco atrativas (há perspetiva de subidas, contudo).

Ficamos inteiramente ao seu dispor para o apoiar nas simulações dos seguros que tenha associados a créditos habitação. Teremos imenso gosto em, também nesta situação, contribuir para a otimização dos seus recursos.

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